sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Dual

Qual foi mesmo o erro feminino?

Por que o Miguel diz que a mulher santifica?

Lembram-se da árvore do conhecimento do bem e do mal?
Não é esta a mesma árvore que Eva cheirou, olhou e julgou ser boa?
E como pôde julgar se ainda não a tinha comido?
Seria esse o motivo do erro?

Qual é afinal o grande pecado feminino?
Ter seios fartos como frutas que pedem bocas?
Ter os seios fartos como uvas que pedem pés?

Qual foi afinal o pecado de todas as mulheres?
Ser mãe?
Sangrar?
Transformar espírito em carne?
Desejar a satisfação de seus sentidos?
Desejar o toque?
Desejar o gosto?
Desejar o gozo?
Satisfazer sua própria serpente interior?

Ora, todos nós não desejamos em nossos corações fazer o bem como todos os santos?
Como fazer o bem se ele nos for desconhecido?
Como poderia alguém um dia desconhecê-lo?
Queres um suco?
Um descanso?

Deus não anuncia a si mesmo de diversas formas?

Foi mesmo Cristo quem o fez vencedor?
Jesus não fez vencedor o juízo?
Não sangrou?
Não sofreu violência?
Não conheceu, como homem, o prazer e a dor?
Não foi o juiz vencedor?
Não é?

Se digo a décima parte do que sinto e penso meus colegas me chamam de louco.
Não, não como o mesmíssimo alimento duas vezes!
Porque um alimento após ser comido... Bem, já não é mais alimento.
Não, não rasgo dinheiro!

E qual então é o motivo para dual acusação?

Ainda que eu rasgue todo o dinheiro do mundo, e isso desejo, não é justo!
Loucos são todos os que não me compreendem e ainda julgam.
Estes são os verdadeiros loucos!
Estão sujeitos a chama ardente.

Assim cantou:

Onde há amor
Há liberdade do ser!

Onde há amoor
Há liberdade do ser!


17 de março de 2008.

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