Não é apenas pela beleza da palavra,
Não é apenas pelo prazer de escrever e ser lido,
É apenas por ser.
A poesia que incomoda meu sono é a mesma que tira-me a paz,
Depois a devolve e me completa.
A cinergia que concebe a arte que me ardia parece ser divina,
Mais forte do que o eu.
Como o trovão que ao longe se escuta esta vibração vem do mais íntimo infinito, e de tão real me faz tremer.
E que não seja apenas pela beleza da palavra minha,
Mas pela Força do Verbo.
Quando eu era criança tinha pressa de crescer e agora vivo novamente este dilema: Na ânsia pela Luz muitas vezes não admiro a paisagem, minha viagem parece longa e exaustiva, vôo solitário em uma nave sem janelas.
Esqueço-me que a beleza é bela por si mesma e não carece de explicações.
Fevereiro de 2006
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