Comece a pensar,
Bote pra funcionar,
Esse bolo pra assar,
O infinitivo soar,
Comece!
E se o infinito acabar,
Recorra ao mar,
Deixe pronto o jantar,
Prenda bem o colar
e chame o luar de A Prece. (apresse-se!)
Pois tudo se esquece,
Um dia envelhece,
No quintal apodrece,
Quando acaba a quermesse
E a espinha estremece. (Carne plantada não cresce!)
Ainda mais se for plano
Pro final desse ano,
Num piano que vêm
Fica só um desdém,
Algo, como o dito de alguém, que se foi e não vem.
E se for plano acabado
Ainda é arriscado
A virar um trocado,
No bolso amassado.
Mas que seja-o tocado, pra comprar uma alado e voar ao presente.
Lugar simples onde todos tem a capacidade de começar de novo,
Não ser óbvio se não quiser.
E assim, concentrando toda a energia em um desejo bem desejado,
No plano se põe um telhado,
E nas mãos se encontra o poder. Aquele, Poder Eterno.
É simples, nesse instante comece,
Que o peito se aquece,
O universo sai da grave,
E é assim,
começando, que sozinho, um poema se escreve.
Outubro de 2004
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