De tudo que falaram em Seu Nome no templo,
Tudo, tudo, em nada me edificou,
E pouco me acrescentou.
Na verdade, na verdade,
Fiz tremendo esforço para reciclar o lixo que saía de suas bocas!
Não sabem eles que este não é o Nome?
Mas quem sou eu, penso, para julgar essas coisas?
Não sou eu também uma vítima do duplo desejo?
Será que somente sozinho e longe do templo estarei de fato em Sua presença?
Não sou ainda vítima da dúvida? Da ascenção e queda?
Não sou eu uma vítima do duplo desejo? Do falso ego?
Não sou eu aquele que quer ser honrado por ser humilde?
Os espíritos imundos gritam em uníssono: “É a hora da morte!”
Mas ainda sim, todos os meus desejos têm em mim um norte.
Soam como precisa sequência de acordes,
E é um escudo contra toda a dissonância.
Mas não sou eu aquele, que deseja parar e quer mais?
Não sou eu quem odeia a falta de amor?
Que minha luz brilhe com força!
Conheces tú o Caminho?
Em uma selva de poesia concreta
as vozes dizem que este não é o caminho produtivo,
mas como deixar de acreditar em algo tão belo?
E ainda que eu estivesse agora errado,
Quem poderia me convencer disso?
2008
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